Quem teve um cão, nunca mais pode ficar sem outro cão. O cão nos preenche com algo misterioso, quase inexplicável de uma essência de viver.
O cão traz sentidos para muitas coisas da vida. Parece que a energia e o olhar de um cão confortam a nossa alma.
Com tanta loucura que estamos vendo; com palmas para a barbárie, e até elogios à tortura, só um cão nos salva na aridez do dia a dia. Nem a literatura, a poesia, a música e a filosofia dão mais conta de tanta carga pesada.
Quando li pela primeira vez que o poeta Lord Byron havia feito um epitáfio para o seu cão Boatswain achei um exagero. Hoje tenho certeza que ele estava cheio de razões para homenagear eternamente o seu cão.
Só um cão nos dá vida e sobrevida neste tempo histórico desintegrado de valores. Só um cão nos conforta!
Preciso ter outro cão. Pode ser exagero, mas em tempos sombrios, só um cão pode nos salvar; ou acalmar a nossa alma.
Byron escreveu um poema para o seu cão e este trecho foi colocado no epitáfio:
“Aqui descansam os restos daquele que possuía beleza sem vaidade/Força sem insolência/ Coragem sem Ferocidade/todas as virtudes do homem e nenhum dos seus defeitos”.
