Na minha juventude, nos anos 80, por um período fui guia turístico, e trabalhei no estado de Goiás, principalmente na Pousada do Rio Quente, hoje Rio Quente Resorts.
Numa das viagens comprei uma raridade, encontrada numa das lojinhas lá do complexo: um exemplar do belo livro “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, da goiana Cora Coralina, autografado pela autora.
Tempos depois, um amigo esporádico, que era jornalista e morava em São Paulo, pediu-me o livro emprestado, pois queria fazer uma matéria para um jornal semanal, no qual era colaborador.
Já era… Nunca mais vi o livro.
Depois de alguns meses, ao me reencontrar com o tal amigo, ele me pediu desculpas e disse que havia perdido o livro. Que chateação!
Lembrei-me desse fato ao ver essa advertência inscrita num azulejo português: “um bom livro só se empresta a um bom amigo”; “um bom amigo nunca pede um livro emprestado”.
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E.T. Na verdade trata-se de uma brincadeirinha, pois acho bom que os livros circulem. Mas há exceções, como o raro livro que emprestei e perdi.
